Vocês já devem conhecer a pintura O grito, do norueguês Edvard Munch, em 1893.
O próprio Munch descreveu esse momento da seguinte forma:
Passeava com dois amigos ao pôr-do-sol – o céu ficou de súbito vermelho-sangue – eu parei, exausto, e inclinei-me sobre a mureta– havia sangue e línguas de fogo sobre o azul escuro do fjord e sobre a cidade – os meus amigos continuaram, mas eu fiquei ali a tremer de ansiedade – e senti o grito infinito da Natureza.
Carlos Drummond de Andrade, nosso poeta maior, escreveu poemas minimalistas para representar o que mais lhe chamou atenção nas obras mais consagradas dos séculos XIX e XX, no ocidente. Dentre as várias obras escolhidas, lá estava o Munch. Veja a seguir o poema:
Vejam como o poema traduz a angústia do quadro e vice-versa.
Qual a impressão que vocês tiveram dessas obras? Qual a leitura vocês fizeram dessas representações desses dois artistas que viveram temporalmente e espacialmente separados. O que os aproxima?
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