Após
a divulgação do estupro coletivo de uma jovem de 16 anos no Rio de
Janeiro no último sábado, 21, uma onda de manifestações contra aviolência que acomete as mulheres tomou conta das redes sociais e a
hashtag #EstuproNaoÉCulpadaVitima está em segundo lugar entre os
assuntos mais falados no Twitter em todo o mundo.
O
crime – que, segundo o depoimento da jovem e o de sua mãe, foi
premeditado pelos 33 homens envolvidos, provavelmente incluindo o
namorado da vítima – caiu na Internet por obra dos próprios
agressores, orgulhosos do que haviam feito, e só então chegou às
autoridades. Depois, apareceu na imprensa nacional e inclusive na
internacional.
A
jovem carioca, que nesta quinta-feira passou por exames médicos e
tomou um coquetel de drogas contra doenças venéreas, também se
manifestou através das redes sociais, agradecendo as mensagens que
recebeu e confessando que na realidade esperava ser condenada pelo
ataque que sofreu. “Não dói o útero, dói a alma”, finalizou.
Ela deverá passar agora por acompanhamento psicológico na rede
municipal.
Ficam
algumas questões para pensarmos a respeito:
A
mulher pode ou deve ser humilhada por homens?
A
garota pode ser culpada pela violência que ela sofreu?
Nós
vivemos uma cultura do estupro?
Os
agressores podiam expor essa violência e humilhação contra a jovem
nas redes sociais?
Quem compartilha vídeos de violência também cometem crime?
Ela
mereceu a violência sofrida?
Um
homem pode violentar uma mulher por ser mais forte?
O
texto a seguir é bem bacana pra quem quiser aprofundar no assunto:
70% das vítimas são crianças e adolescentes: sete dados sobreestupro no Brasil.