13/02/2013
- 06h00 /Atualizada 14/02/2013 - 12h09
Alunos
devem analisar calendário de simulados e de plantões ao escolher
cursinho
Lucas
Rodrigues
Do
UOL, em São Paulo
Na
hora de escolher um curso pré-vestibular para se preparar para a
maratona de exames das melhores instituições do país, os
estudantes devem levar em conta não só a infraestrutura e ocorpo
docente dos cursinhos, mas também a quantidade de plantões e o
calendário de simulados, sugerem especialistas.
“Um
curso que prepare bem o aluno tem de ter muito simulado, porque ele é
o treino para o vestibular”, afirma Eduardo Figueiredo, coordenador
do cursinho Objetivo. “O estudante deve perguntar sobre o
calendário de simulados e avaliar se a quantidade é suficiente para
um bom treinamento”.
O
curso deve ter aulas de redação eplantões de dúvida com monitores
disponíveis, recomenda Tony Manzi, coordenador e professor do
cursinho Henfil. “Por mais que a aula de redação ocorra em um
horário fora da grade, aos sábados, por exemplo, ela tem de
existir”, afirma. “E o plantão de dúvida tem de ser diário.”
Separação
por áreas
Vários
cursos pré-vestibulares têm salas dividas entre as áreas de
biológicas, de exatas e de humanas. O modelo é ideia para o
estudante que pretende prestar um vestibular em que as matérias
específicas para sua carreira são mais exigidas.
“A
melhor maneira de reforçar determinada matéria é estudando com
afinco. Não adianta fazer um curso forte de uma disciplina que ele
tem dificuldade”, afirma Alberto Francisco do Nascimento,
coordenador de vestibular do Anglo.
Porém,
caso o estudante queira prestar vestibulares em que não há questões
específicas para cada curso, como o da Unicamp (Universidade
Estadual de Campinas), vale a pena ficar em uma turma geral ou até
entrar em uma sala dedicada a área diferente da do seu interesse.
“Se
ele for fraco em exatas e há interesse em entrar nesse tipo de
vestibular, valeria a pena ter um reforço nessa área”, explica
Figueiredo, do Objetivo.
Alguns
processos seletivos cobram conteúdo que não é coberto pelo
currículo do ensino médio, é o caso do ITA (Instituto Tecnológico
de Aeronáutica) e de provas específicas de cursos como arquitetura.
O estudante que terá tais obstáculos pela frente deve checar se o
cursinho tem material específico e professores que possam orientá-lo
no estudo focado.
Custo
e duração
Na
pesquisa por preços, as mensalidades de cursinhos privados renomados
ultrapassam a barreira dos R$ 1.000. Mas, costumam oferecer bolsas
aos alunos por bom desempenho em testes.
Já
os cursos populares surgem comoopção para vestibulandos sem
dinheiro. Com preços mais baixos, os cursos costumam ter limitações
pedagógicas e estruturais. Por outro lado, têm um perfil mais
engajado nas questões sociais.
Para
escolher a duração do curso, o aluno deve levar em conta o seu
próprio perfil. O extensivo, que dura todo o ano, “é um curso
que, por ter maior extensão de tempo, ensina com maior
profundidade”, analisa Nascimento, do Anglo.
Já
o semi é ideal para os alunos que vão prestar apenas os
vestibulares do meio do ano e ainda estão estudando. “Ele é para
aquele aluno que quer relembrar a matéria de outros anos para
realizar a prova”, diz Manzi, do cursinho Henfil.
No
final das contas, a principal dica é analisar a adaptação do jovem
ao curso escolhido, afirma Maria Beatriz Loureiro de Oliveira,
coordenadora do Serviço de Orientação Vocacional da Unesp
(Universidade Estadual Paulista) de Araraquara. “Existem cursinhos
excelentes, mas o jovem não se adapta. Não só pela metodologia,
mas também pela forma como ele aborda o estudante”, analisa.